segunda-feira, 19 de outubro de 2009

20 DE NOVEMBRO - DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

 
Em quantas cidades é feriado dia 20 de novembro?

Dos 5.561 municípios brasileiros, 435 adotaram o dia 20 de novembro, dia da Consciência Negra, como feriado, segundo levantamento da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Além dos que decretaram feriado, outros municípios como o Distrito Federal e outros da Bahia decretaram ponto facultativo.
Em várias cidades está ocorrendo manifestações, shows e eventos culturais como, por exemplo, temos:
Na Bahia, a partir de 15h, a Coordenação de Entidades Negras promove a 28ª marcha Zumbi dos Palmares, em direção ao Terreiro de Jesus. E muito mais eventos. Em Recife aproximadamente de 1,5 mil estudantes de escolas públicas municipais participam às 16h de uma caminhada pelas ruas do centro da cidade para marcar o Dia Nacional da Consciência Negra.
Em Manaus, já são quatro anos é comemoração da Semana da Consciência Negra. Em São Paulo, um movimento chamado Parada Negra, se realizará no vão do Museu de Arte de São Paulo. O lema deste movimento é “um Brasil sem racismo, com oportunidades iguais para todos”.
Particularmente, o dia da Consciência Negra em nosso país é um dia em que os negros devem acabar como o preconceito de si mesmo, ou seja, há negros que possuem preconceito com sua própria raça. A partir disso, devem encarar com garra o preconceito na comunidade.
Mas, mais do que a questão da folga ou não do trabalho e da escola, o dia da Consciência Negra é uma forma de discutir o assunto da igualdade racial. Foi em janeiro de 2003, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assinou a Lei 10.639, incluindo o dia no calendário escolar. O movimento negro, no entanto, já vinha adotando essa data desde os anos 70. E hoje, é a data nacional para promover fóruns, debates e programações culturais sobre o tema.

Antes, a questão da igualdade racial era discutida no dia 13 de maio, data do aniversário da assinatura da Lei Áurea pela então princesa Isabel que libertou os escravos em 1888. Vale a pena lembrar que o Brasil foi um dos últimos países no mundo a abolir a escravidão. Já o dia 20 de novembro relembra a morte de Zumbi dos Palmares, que aconteceu muito antes, em 1695. Para o movimento negro e historiadores do assunto, o assassinato é muito mais emblemático que uma lei adotada quando o regime escravocrata já estava falido.
Zumbi foi um dos principais líderes do Quilombo do Palmares, em Alagoas, uma das áreas usadas pelos escravos quando fugiam do domínio dos senhores de engenho.
As primeiras referências à Palmares são de 1580, na região da Serra da Barriga, onde hoje fica a divisa entre Alagoas e Pernambuco. Há estimativas de que o quilombo durou mais de 100 anos.
O líder do Quilombo dos Palmares no final do século 15 era Ganga Zumba, tio de Zumbi. Em 1678, o governador da Capitania de Pernambuco ofereceu um acordo de paz a Ganga Zumba, que aceitou, mas nem todos concordaram. Aconteceu, então, uma rebelião, liderada por Zumbi, que governou o grupo por 15 anos. Foram necessárias 18 expedições do governo português, liderados por bandeirantes, para erradicar Palmares. Zumbi adotou uma estratégia de defesa baseada em táticas de guerrilha. Finalmente, os bandeirantes descobriram, através de um delator, o esconderijo de Zumbi. Em 20 de novembro de 1695, eles mataram Zumbi em uma emboscada. Sem outra liderança, Palmares sobreviveu até 1710, quando se desfez.
Hoje os quilombolas nome dado atualmente aos descendentes dos moradores dos antigos quilombos, são reconhecidos e suas áreas são demarcadas. Assim, ajudam manter a tradição e a cultura negra.


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